O Jornal The Gardian publicou recentemente uma matéria aqui resumindo um parecer do Havas Media Group sobre uma pesquisa em todo o mundo na percepção de 134.000 pessoas entrevistadas, apontando principalmente que, 73% consumidores acreditam que as marcas podem desempenhar um papel importante na melhoria da qualidade de vida e bem-estar, mas apenas um quinto deste percentual, perceptivelmente, acreditam nisto agora.
Outra observação importante constatada é que em uma época de transparência e ponderamento sobre o consumo exagerado, as marcas não estão cumprindo os requisitos que os consumidores esperam das grandes empresas em se envolver os problemas sociais, como a destinação correta do lixo e os recursos de investimento que retornem como qualidade de vida, nisso, as empresas não cumprem nada no atual exigente modelo de contrato social. Empresas que investem 2% em promoções destinadas a tentar manter a lealdade por meio destas idéias estão longe de manter preferência e gerar fidelidade nem por um período de médio prazo. E isso é grave já que as empresas privadas são a gasolina do motor mundial do crescimento econômico. No Brasil já percebemos bancos sugerindo o uso da bicicleta e a leitura de livros para crianças como iniciativas capazes de mudar o mundo. Já os bilhões de libras gastos anualmente por empresas na Inglaterra em construir um relacionamento com os clientes, não parece estar funcionando com a mesma medida da magia de suas campanhas publicitárias de incentivo ao consumo. Basta ver que apenas um quinto dos europeus ocidentais e um quarto dos consumidores norte-americanos acreditam que as marcas se comunicam honestamente sobre os seus compromissos e promessas cumpridos nas soluções ofertadas para a melhoria de vida dos mesmos, através de seus produtos e serviços. Na América Latina chega a 36% e um pouco mais da metade na Ásia. Vai ver que é por isso que tantos olhinho puxados aparecem em uma das últimas campanhas institucionais da Coca-Cola no Vietnam, focando nas melhores soluções para reduzir o uso de plástico e aumentar a reciclagem, a empresa espera mudar sua visão de mundo. Tudo bem que demoraram décadas demais para tornarem-se políticas de relacionamento sustentável entre a empresa e a sociedade. Mas nunca é tarde para começar um bom exemplo. E a redução do açucar ? Nem perto de falar nisso ainda.
