quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Uma análise Atemporal do " ser criativo " e do " ser cliente "

Vintage é uma palavra cuja origem ou significado em francês vem de “ Vingt”  ou "Vint" ( pronuncia-se Vã) relativo a uma das melhores safras de uvas já plantadas e “age”, de idade. Não tem a ver, como alguns pensam, "Era de vinte" ou "dos anos vinte". Nada disso. Era utilizado para designar as melhores safras e o termo acabou por representar também o melhor de sua época. Convencionou-se chamar de Vintage os produtos dos anos 50, 60 e 70 que viraram uma referência naquele tempo, tais como: carros, relógios, guitarras, móveis, roupas, serviços etc. É disso que quero falar aqui. E começo pelo 1º Episódio da 4ª Temporada da série Madmen, exibida pela rede AMC americana. Nele percebi como o ser criativo vive num constante liquidificador de vaidade, ironia e embate a fim de resultar em si mesmo um suco de soluções para um mundo menos entediante e mais desafiador. No episódio em questão o criativo ao propor um anúncio de Bikinis ousado e instigante, vê sua idéia ser enterrada por um cliente constrangido e descrente na aposta inovadora da idéia-anúncio, que provavelmente, faria suas lojas lotarem e suas vendas esgotarem. Resultado ? Os clientes é que são dispensados e não a agência. Mad vem de Madison, o nome clássico da avenida de Nova York que concentra as clássicas agências dos Estados Unidos, onde tudo realmente aconteceu, e vem também do entendimento, diria sarcástico,da palavra ambientada num mundo louco, onde tudo que estava por ser descoberto aparentemente será. De um jeito ou de outro. 

São comportamentos ideologicamente corretos e comercialmente suicidas. Mesmo para aquele período. Minha análise parte daí. Por um lado " Você está desperdiçando a chance de criarmos para você ? Problema seu ! Good bye !". Será mesmo criativo ?  Por outro ...  Minha  minha ideologia de vendas vale mais que a inovação do meu produto ? Será mesmo Cliente ? Fico imaginando a sinuca em que os criadores entrariam diante das empresas de tecnologia em internet, se naquele tempo já estivessem entre nós se reinventando em cada bit. Empresas como a gigantesca Google são utraconservadoras quanto à publicidade de seus serviços. O recado é pá-pum, direto, objetivo e até mesmo analógico. Não estão preocupados como serão "vendidos".

Alguns já disseram  que a realidade Cliente X Criação é quase sexual. Isso memso: um casamento para uns ... um prostíbulo para outros. " Tudo porque criativos não foram feitos para o sexo seguro em satisfação do cliente. Acham que se bastam com seu ego, com sua arte e com seu pincel. É por isso que preferem o auto-toque. Esquecem que comunicação, no fundo, não é pra vender algo pro outro, mas pra comprar algo dele por meio da sedução: sua fidelidade, desejo e amor eterno ". E tudo porque clientes não se realizam satisfazendo a opinião da agência. Eles preferem o coito interrompido. Ops, "escapuliu" assim não tá bom meu bem ... mas já que tá dentro deixa. 



 
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